O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em conjunto com a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Água Clara, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (26/11), a "Operação Carta Marcada" para dar cumprimento a 07 mandados de busca e apreensão. O objetivo da operação é dar fim à organização criminosa voltada à prática dos crimes de peculato, fraude a licitações e lavagem de dinheiro
A investigação iniciou com as Operações “Carta-convite”, no município de Taquarussu e Operação “Backdoor”, em Aparecida do Taboado, envolvendo as mesmas empresas suspeitas de fraude em concursos públicos, quando foram apreendidos inúmeros documentos com indícios de combinação de propostas e manipulação de processos licitatórios.
A Operação “Carta marcada” surgiu a partir de uma ação coordenada, que contou com a participação do Núcleo de Apoio do Patrimônio Público do MPMS, além das promotorias de Justiça do Patrimônio Público dos municípios de Ivinhema, Angélica, Iguatemi e Água Clara.
Foram cumpridos no dia nessa quinta-feira (26/11), 07 mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, oferecidas 04 denúncias criminais, por fraudes em licitação, associação criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, além de medidas cautelares preparatórias para ação civil pública, com bloqueio de bens, suspensão de contratos e proibição de contratação com o poder público de Água Clara. Durante a Operação Carta Marcada foi apreendida uma arma de fogo.
Apurou-se que as empresas investigadas com atuação específica na área de consultoria pública, manipulavam processos licitatórios, combinavam propostas, fraudando certames por todo o estado, com a participação de servidores públicos, vinculados aos órgãos contratantes.
As mesmas empresas também encontram-se denunciadas em Aparecida do Taboado e Chapadão do Sul, por fraudes em licitações para realização de concurso público.
Os investigadores apuraram que eram utilizados vários artifícos para combinação das propostas, como a exemplo do certame para contratação da empresa que realizaria o concurso público para a Câmara Municipal de Angélica. Nesse caso, os investigados trocaram mensagens de Whatsapp simulando um CPF inexiste na Receita Federal, que na verdade era a proposta que empresa deveria apresentar ao órgão municipal.
Texto e fotos: Promotoria de Justiça do Patrimônio de Água Clara