Novos dados alcançados pelo Programa DNA Ambiental 2020 (Programa de Detecção de Desmatamento Ilegal de Vegetação Nativa) apontam 348,54 hectares de desmatamento, possivelmente ilegal, em 17 Municípios de Mato Grosso do Sul. Isso equivale a 30.806,51 toneladas de carbono lançadas na atmosfera. Estima-se que a emissão corresponde a um total de 6.955 caminhões rodando a 100 Km/dia durante um ano.
Os dados foram apresentados pelo Núcleo de Geotecnologias do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio dos relatórios de desmatamentos de vegetação nativa ocorridos entre os meses de março e abril deste ano.
De acordo com a análise, foram identificados 2.526,25 hectares de desmatamento. Destes, 2.177,71 hectares possuem autorização ambiental para a supressão de vegetação, restando 348,54 hectares de desmatamento possivelmente ilegal.
Supervisionado pela Procuradora de Justiça e Coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, da Habitação e Urbanismo e do Patrimônio Histórico e Cultural (CAOMA), Marigô Regina Bittar Bezerra, e pelo Promotor de Justiça e Diretor do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet, o Programa DNA Ambiental 2020 é realizado em parceria com a Polícia Militar Ambiental, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Com a conclusão dos relatórios, serão remetidos 30 pareceres aos órgãos ambientais para a tomada de providências e responsabilização dos possíveis infratores.
Programa
Desde 2016, o MPMS desenvolve o Programa DNA Ambiental, que consiste em detectar desmatamento, possivelmente ilegal, de vegetação nativa nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal do Estado de Mato Grosso do Sul.
Texto: Ana Paula Leite/jornalista Assecom MPMS