O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul na luta contra a violência doméstica e familiar e pela igualdade de direitos adere à campanha “Se nossas vidas não importam, produzam sem nós” e com isso, nesta quarta-feira (08/03), às 14hs, todas as atividades da Instituição ficaram paralisadas por 10 minutos.
Mais de cem mulheres do quadro de servidores públicos do Ministério Público Estadual estiveram presentes no auditório Nereu Aristides Marques, comemorando as conquistas históricas e pelos grandes desafios, ainda, enfrentados por elas.
Na oportunidade, a Promotora de Justiça, Ana Lara Camargo de Castro e Assessora Especial da Procuradoria-Geral de Justiça, ressaltou a importância da mulher na sociedade e seus valores “Esse é um momento para que nós possamos refletir sobre a situação da mulher na sociedade; a desigualdade no salário; o machismo confrontado todos os dias; as exigências feitas às mulheres em relação a postura, a beleza, o peso, comportamento social, bem como a obrigação de manter a casa limpa, de criar os filhos; são tantas as exigências que a sociedade impõe a uma mulher para que ela seja, o que se chama “mulher de verdade”, e esse é um dia que paramos para refletir sobre essa desigualdade”, afirmou a Promotora de Justiça.
A Procuradora-Geral Adjunta de Justiça Administrativa, Nilza Gomes da Silva, usou a palavra para parabenizar todas as mulheres pela luta, pela garra e, determinação. “A nossa vida não é fácil, uma vez que a mulher tem que ser sempre mais, não bastando ser a mulher da casa, tem que ser também a provedora ou ajudar no provimento da casa”, afirmou.
Em seguida, a Procuradora de Justiça Jaceguara Dantas da Silva Passos, parabenizou todas as mulheres servidoras do Ministério Público e afirmou:
“Esse momento é de reflexão, tanto para mulheres, quanto para os homens, uma vez que é alto o índice de mulheres vítimas de violência doméstica, a qual se manifesta nas formas psicológica, física ou emocional e, que o combate tem sido realizado de forma efetiva pelo Ministério Público Estadual, por meio das Promotorias de Justiça de cada comarca".
Também aproveitou a ocasião, para enfatizar que, “A sociedade muitas vezes nos limita, no entanto, é preciso que nós mulheres ousemos sempre, que nós busquemos ser sempre mais, porque o pouco já não é mais suficiente, porque nós mulheres somos capazes de transformar o mundo, de sermos o que quisermos. E, essa paralisação, serve para refletirmos como o mundo seria sem a nossa força de trabalho, sem nossas vidas, o que representaria o mundo sem a presença da mulher no mercado de trabalho. Temos uma importância muito grande para a sociedade e para nós mesmas, portanto, temos que acreditar em nosso potencial, em nossa autonomia. É preciso promover o que já está escrito em nossa Constituição Federal, de que todos somos iguais perante a lei ”, concluiu.
O movimento 8M é articulado por mulheres de todas as cidades brasileiras, juntamente com a organização mundial, que visa chamar atenção para a importância da força de trabalho delas. Em vez de receber flores, chocolates e palavras vazias, a paralisação é um manifesto feminino e feminista pela igualdade de direitos entre os gêneros.
Como nem todas as mulheres do país podem parar de trabalhar neste dia 08 de março, o intuito do movimento é fazer com que as mulheres possam participar de outras formas como: vestir uma peça lilás, roxa ou violeta; colocar uma bandeira na sua janela/sacada/varanda; parar de trabalhar por uma pequena jornada; conversar com outras mulheres sobre as dificuldades enfrentadas por vocês entre outras.
Texto: Ana Paula Leite e Eizete Alves/ jornalistas Assecom MPMS – com informação 8M Brasil