Na sexta-feira (10/04) o Procurador de Justiça Evaldo Borges Rodrigues da Costa, Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Habitação e Urbanismo e do Patrimônio Histórico e Cultural participou da audiência pública, na Câmara Municipal, que discutiu as intervenções necessárias para a duplicação da BR-163, que corta o Estado de norte a sul e que têm preocupado moradores do distrito de Anhanduí, a 60 quilômetros de Campo Grande.

O debate foi convocado pela Comissão Permanente de Obras Públicas da Câmara Municipal, composta pelos vereadores Carlão (presidente), Engenheiro Edson (licenciado), Alceu Bueno, Ayrton Araújo e Chiquinho Telles, e pelo presidente da Casa de Leis, vereador Mario Cesar. Além do Procurador de Justiça participaram do encontro membros do Executivo, moradores das regiões afetadas pelas mudanças, além de representantes da empresa.

Os moradores de Anhanduí que também compareceram à audiência pública estão preocupados com a retirada do “ponto comercial” junto à rodovia, onde exercem o comercio de artesanato, produtos alimentícios e peças ornamentais, pois os clientes são os caminhoneiros e viajantes que passam pelo local, e que não estão dispostos a entrar no distrito até o novo ponto destinado ao comércio.

Na oportunidade o Procurador de Justiça e Coordenador do CAOHURB Evaldo Borges Rodrigues da Costa falou sobre a construção da obra no aspecto do Plano Diretor que dá assessoramento técnico às ações da Administração Municipal nas questões referentes ao planejamento físico-territorial do Município, e que trata do impacto na mobilidade urbana e rodoviária de Campo Grande e do Estado, enaltecendo os benefícios das obras para o desenvolvimento e segurança na estrada, visto que a rodovia será monitorada por câmeras durante 24 horas, terá assistência de ambulância e guinchos, além de reforço de atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O Procurador ponderou também que o binômio - segurança e comércio - deve ser conciliado, aconselhando os comerciantes a intervirem junto a empresa CCR MSVia e o Município, a acordarem em relação a construção do novo ponto comercial em um terreno a ser doado pelo Município aos comerciantes um pouco mais afastado da rodovia, construindo-se uma alça de acesso para entrada e saída de veículos , recuando-o para a área exterior da rodovia, assim como ocorrem com os postos de gasolina, sem colocar em risco os motoristas e passageiros e os próprios comerciantes, que atualmente utilizam o acostamento como estacionamento de veículos. “Enfim, o bom senso parece ser o critério ideal para a solução do impasse” ressaltou.

O diretor-presidente do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente), Marcos Antônio Cristaldo, destacou que o projeto apresentado contempla cinco intervenções em Campo Grande, sendo quatro na área urbana e uma na rural, todas aprovadas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). “Apenas esses cinco dispositivos não contemplam o interesse de Campo Grande”, ponderou, sugerindo outras intervenções para a melhora no fluxo de veículos.

O vereador Carlão, presidente da Comissão de Obras, afirmou que a Câmara vai realizar uma audiência pública em Anhanduí, para conhecer de perto a realidade local, além de uma reunião com representantes da ANTT e com a bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso.

Concessão - A concessão da BR-163, que possui 847 quilômetros em território sul-mato-grossense, foi concluída em maio do ano passado. Em outubro, a CCR MSVia assumiu o controle por um prazo de 30 anos. Segundo Claudeir Alves Mata, relações institucionais da empresa, a ideia é duplicar toda a BR, conhecida como “Rodovia da Morte”, nos próximos cinco anos.

“Inicialmente, serão duplicados 10% dos trechos, o que permitirá colocar em funcionamento as praças de pedágio para começar a receber o retorno dos investimentos. Hoje, o pedágio custa, em média R$ 5 para cada 100 quilômetros”, afirmou.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal/Jeozadaque Garcia

Na foto Procurador de Justiça e Coordenador do CAOHURB compondo a mesa de autoridades