Teve início na segunda-feira (27/04) a “2ª Feira Artesão Livre – Especial Dia das Mães”. O evento realizado pela 50ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, em parceria com o Conselho da Comunidade de Campo Grande e a Agência Penitenciária de Mato Grosso do Sul (AGEPEN/MS) acontece no átrio do Fórum da Capital e vai até quinta-feira (30/04).
A Promotora de Justiça Jiskia Sandri Trentin, Membro Nato do Conselho da Comunidade disse que a ideia da realização da feira foi uma solicitação que partiu dos Diretores das Unidades Penais para divulgar os trabalhos artesanais produzidos pelos presos. “Essa parceria entre as Instituições para promover a feira foi muito positiva”. A Promotora ressaltou ainda o sucesso que foi a 1ª feira do Artesão Livre que aconteceu em dezembro do ano passado. “Foi arrecadado R$ 10 mil com a venda dos trabalhos e revertido para o custodiado e sua família”, completou.
Sobre a importância da valorização dos trabalhos desenvolvidos pelos presos a Promotora de Justiça Jiskia Sandri Trentin reafirmou a questão da ressocialização. “É muito diferente o comportamento da pessoa encarcerada quando ela tem uma ocupação para aquela que vive no ócio. Acredito que este seja um grande passo para ajudá-los na ressocialização”, ressaltou.
O Diretor Presidente da AGEPEN/MS, Ailton Stropa Garcia, disse que a parceira entre o Ministério Público do Estado, Poder Judiciário e Conselho da Comunidade é muito importante para o sistema. “Os reeducandos já estão até querendo se regularizar como artesãos para quando eles deixarem o nosso sistema estarem aptos a exercerem essa profissão e isso é muito positivo”, completou.
O Presidente do Conselho da Comunidade de Campo Grande, Albino Coimbra Neto, ressaltou que a exposição dos trabalhos produzidos pelos presos é um trabalho de ressocialização. “Quem está aqui no Fórum compra esse produto e sabe que são produzidos no presídio pelos presos. Isso é uma maneira também de trabalhar o preconceito que existe entre a sociedade e os presos”, acrescentou.
Para a Secretária Administrativa do Conselho da Comunidade, Patrícia Lima, a valorização dos trabalhos desenvolvidos dentro das Unidades Penais é um estímulo para que os presos saiam com uma profissão. “Mais de três mil e quinhentos presos já foram encaminhados ao mercado de trabalho”, informou. Ela destacou ainda a importância da parceria com o Ministério Público do Estado na tentativa de recuperar a pessoa encarcerada para que ela retorne ao convívio social. “É um trabalho em conjunto bastante gratificante que dá resultados”, finalizou.
História
O Conselho da Comunidade de Campo Grande – MS foi fundado no dia 15 de junho de 1992, inspirado no artº 80 da Lei de Execução Penal e revitalizado no ano 2000, pelo MM Juiz de Direito da 1ª Vara de Execução Penal, Dr. Francisco Gerardo de Souza. Foi constituído para auxiliar os juízes e as autoridades constituídas junto aos egressos e a população carcerária em todas as tarefas vinculada à readaptação e reconquista da cidadania plena.
Membros Natos
Francisco Gerardo de Souza, Desembargador e Membro de Honra; Albino Coimbra Neto, Presidente do Conselho Diretor e Juiz de Direito da 2ª Vara de Execução Penal; Paulo Henrique Paixão, Defensor Público e Coordenador das Defensorias Públicas da Execução Penal e Vice Presidente do Conselho Diretor; Thiago Nagasawa Tanaka, Juiz da Auditória Militar em Substituição; Gil Messias Fleming, Juiz de Direito da 1ª Vara de Execução Penal; Bianka Karina Barros da Costa, Promotora de Justiça da 22ª Promotoria de Justiça da Execução Penal atuante na 1ª Vara de Execução Penal; Regina Dornte Broch, Promotora de Justiça da 23ª Promotoria de Justiça da Execução Penal atuante na 2ª Vara de Execução Penal; Jiskia Sandri Trentin, Promotora da 50ª Promotoria de Justiça da Execução Penal; e Linda Maria Silva Costa, Defensora Pública da 1ª Vara de Execução Penal.
Foto dos trabalhos artesanais produzidos pelos internos
Foto dos produtos artesanais especial para o Dia das Mães
Texto e foto: Jornalista Ana Paula Leite/Assecom
