A Promotora de Justiça do Meio Ambiente de Campo Grande/MS, Andréia Cristina Peres da Silva, participou de Audiência Pública na quinta-feira (19/03), que tratou sobre a necessidade de conservação e uso racional da água em Campo Grande. O debate foi convocado pela Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara Municipal e teve como objetivo discutir medidas e planos a serem adotados para preservar o recurso.

A audiência reuniu docentes, membros de associações, conselhos, Prefeitura, Governo do Estado, além de profissionais da área ambiental e alunos de escolas públicas de Campo Grande. Para o Major Edmilson Queiroz, comandante da PMA (Polícia Militar Ambiental), a melhor forma de difundir a conservação da água é a educação.

“É uma problemática que o Brasil está vivendo, como é o caso de São Paulo. Não podemos esperar que ela ocorra por aqui para tomarmos medidas”, avisou o Vereador Eduardo Romero, que preside a Comissão, também composta pelos vereadores Engenheiro Edson, Thais Helena, Gilmar da Cruz e Dr. Loester.

“Sem o equilíbrio ecológico, não há qualidade de vida. Se você não tem flora, não tem recursos hídricos. Se você contamina seu lençol freático, você não tem água. Esse complexo que buscamos preservar. A prevenção é educação. Investimos na educação ambiental de uma forma lúdica. Todos os dias buscamos parceiros para isso”, afirmou.

Águas Guariroba

Números apresentados durante a audiência mostram que a rede de Campo Grande é abastecida, em 54% de seu total, por duas bacias: Guariroba e Lageado. O restante da água que sai das torneias para abastecer a população provém de redes subterrâneas: são 144 poços instalados sob responsabilidade da Águas Guariroba, empresa responsável pelos serviços de água e esgoto na Capital.

Para o presidente da concessionária, José João Fonseca, o investimento é muito importante, tanto no sistema de coleta de esgoto, como no de abastecimento. “Hoje, 75% da população tem esgoto coletado e tratado. Nossa capacidade de produzir é 35% maior que a demanda da cidade”, apresentou.

Ainda segundo ele, antes de a empresa assumir os serviços, as perdas chegavam a 56%. Hoje, esse percentual caiu para 17%. “De cada 100 litros produzidos na estação, 56 eram perdidos antes de chegarem às casas. Praticamente todo o Brasil tem esse nível de perdas. Tem lugares que é 80%. Hoje, a perda é de 17%. nós tivemos muitos milhões de investimentos para chegar nesse nível de perda”, afirmou.

 

Na foto, a Promotora Andréia Cristina Peres da Silva com o vereador Eduardo Romero e o Major Edmilson Queiroz, Comandante da PMA (Polícia Militar Ambiental)

Na foto, a Promotora de Justiça Andréia Cristina Peres da Silva fala durante a Audiência Pública

Com informações de Jeozadaque Garcia, da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal e fotos de Fabio Ozuna