No dia 05 de Dezembro de 2005, uma chuva de 112 milímetros provocou uma voçoroca com cerca de 500 metros de extensão e dez metros de profundidade, atingindo o Córrego Rondinha, um dos afluentes do Córrego Guariroba.

Este fato expôs a fragilidade e a necessidade de serem adotadas medidas para preservação e conservação de toda a bacia do Córrego Guariroba, haja vista esta bacia ser a responsável pelo abastecimento de 50% da população de Campo Grande.

Das diversas ações até então desenvolvidas em favor desta bacia, que contaram com a participação dos produtores rurais instalados na bacia, Empresa Águas Guariroba S.A, Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, ANA (Agência Nacional de Águas e Município de Campo Grande), pela SEMADUR (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), ressaltamos duas delas: a instauração de dezenas de Inquéritos Civis, pelo Ministério Público Estadual que, face a sensibilidade das pessoas instaladas nesta APA (Área de Proteção Ambiental), culminaram em dezenas de Termos de Ajustamento de Conduta firmados bem como a construção do Plano de Manejo da APA da bacia do Córrego Guariroba por parte do Município de Campo Grande, por seu órgão ambiental, a SEMADUR.

A título de esclarecimento, o Plano de Manejo é uma importante ferramenta para a preservação ambiental da bacia do Guariroba que, numa linguagem mais simples, poderíamos descrevê-lo como um “manual de instruções” para quem quiser instalar-se e/ou utilizar-se a bacia para toda e qualquer atividade.

Passados mais de seis anos, entre a instauração dos procedimentos perante a 26ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente e assinatura de TACs, bem como da construção do Plano de Manejo, muitas obrigações firmadas já foram devidamente atendidas e, devido ao transcurso do tempo, agora entramos na fase de fiscalização dos TACs, reta final onde, mais uma vez, o trabalho da SEMADUR será fundamental para garantir a eficiência de um trabalho que já dura mais de meia década, coroando de êxito o esforço de todos os envolvidos neste grande ideal que é a proteção da Bacia do Córrego Guariroba que, certamente transcenderá o nosso tempo.

Nesta importante fase dos trabalhos, a SEMADUR realizando função de sua competência, fará fiscalização em cada propriedade, verificando se o compromissário atendeu a todas as obrigações firmadas no TAC bem como se a propriedade vem adotando todas as práticas determinadas no Plano de Manejo da APA.

O efeito imediato do início das fiscalizações realizadas pela SEMADUR foi a autuação e a execução judicial de TACs, haja vista ter sido constatado manutenção indevida em estradas que servem a bacia do Guariroba, infração a regras previstas no Plano de Maneja da APA bem como a constatação de não atendimento às obrigações firmadas em Termo de Ajustamento de Conduta.