O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul por meio da 6ª Promotoria de Justiça de Corumbá lançou na última sexta-feira (26/8), o projeto “Paralelas – Traçando novos caminhos”. O evento foi realizado no Auditório da Universidade Federal – Campus Pantanal e contou com autoridades do Poder Judiciário e das Polícias Civil e Militar.
O projeto Paralelas é mais um instrumento disponível à proteção das mulheres pantaneiras, tendo como objetivo criar um espaço que possibilite aos homens autores de violência doméstica refletirem sobre seus atos, permitindo uma mudança de comportamento nos relacionamentos a partir do acompanhamento e orientações de profissionais técnicos.
O projeto desenvolvido pelo MPMS utiliza ações de reflexão e de amparo humanizado ao seu agressor, tendo como técnicas a escuta qualificada e a comunicação interpessoal, buscando a resolução de conflitos e, principalmente, a conscientização do ato.
Em Corumbá, a iniciativa será desenvolvida pela 6ª Promotoria de Justiça, com a atuação do Juízo da 2ª Vara Criminal, que determinará a participação dos homens agressores em 8 encontros, sendo um por semana, durante oito semanas consecutivas.
O Programa
O projeto funcionará em um formato educativo por meio de Grupo Reflexivo, que fazendo uso do diálogo, buscará transformações subjetivas face ao comportamento violento, sendo ministrado por facilitadores imbuídos de competência técnica, com a utilização de metodologias específicas.
De acordo com o Promotor de Justiça Pedro de Oliveira Magalhães, os encontros do projeto serão em grupos fechados de até 15 participantes, onde só terá início um
novo grupo quando finalizado o que estava em andamento. Sobre o perfil dos assistidos o Promotor enfatizou que: “como forma de preservar e restabelecer as relações familiares com base num convívio com mais respeito e igualdade, serão encaminhados apenas os homens que possuíam ou possuem vínculo duradouro de afeto com a mulher, ou seja, aqueles homens que apresentam um longo relacionamento com a vítima e que tenha filhos em comum.”
O primeiro grupo iniciará o acompanhamento no próximo mês de setembro. Ainda de acordo com a 6ª Promotoria de Justiça, o projeto Paralelas não tem prazo para ser finalizado, já que o enfrentamento e a defesa dos direitos das mulheres devem ser permanentes e
diário.
Texto: Ana Carolina Vasques/jornalista-Assecom MPMS
Fotos: 6ª Promotoria de Justiça de Corumbá
