Mudança de cultura, responsabilidade individual e coletiva. Essa é a nova realidade dos órgãos públicos, instituições e iniciativa privada em tempos de pandemia da COVID-19. O mundo teve de se adaptar a uma realidade que talvez levasse alguns anos, em passos lentos, para a nova configuração, mas com o acelerado ritmo que o novo coronavírus nos impôs, tudo se fez urgente e o teletrabalho é uma realidade.
O Promotor de Justiça Paulo Cesar Zeni, Assessor Especial e Presidente do Comitê Gestor do SAJ, afirma que “graças à posição que o Ministério Público de Mato Grosso do Sul se encontrava no momento da ‘mudança da chave’, tecnologicamente, e por conta dos investimentos feitos pela Administração, a equipe de TI estava pronta e com capacidade de adaptação a essa nova realidade, como por exemplo: configuração de VPN, reunião por videoconferência, transmissão de eventos, posse do Procurador-Geral, reunião do Colégio e do Conselho Superior, que já estava aprovada em dezembro do ano passado em Resolução. Então, recebemos o problema com efetividade. Nos adaptamos ao novo normal, com soluções eficientes. Hoje, temos um teletrabalho 100% virtual”.
Para se ter uma pequena ideia do trabalho de planejamento realizado pelo MPMS, no ano passado, em maio de 2019, no Auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, houve uma reunião de trabalho para aplicar a metodologia de Gestão de Risco de Tecnologia da Informática no Processo de Gestão de Continuidade – Desastre. Na época, a reunião foi conduzida pelo Promotor de Justiça e Presidente do Comitê Estratégico de Tecnologia da Informática (CETI), Ricardo de Melo Alves, em parceria com a Comissão de Governança de TI, além da Secretaria de Planejamento e Gestão Estratégica (SEPLANGE), a Secretaria de Administração (SEAD), o Departamento de Engenharia e a Secretaria-Geral. Durante os trabalhos, a metodologia abordada veio ao encontro do Curso de Mapeamento e Gestão de Riscos realizado pela Escola Superior do Ministério Público (ESMP-MS), em parceria com Controladoria-Geral da União (CGU), e foi baseada também na Portaria CNMP-PRESI nº 167, de 4 de dezembro de 2018, que instituiu o Plano de Gestão de Riscos do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e está correlacionado com a entrega de valor à instituição e às fases do Programa Nacional de Governança de TI, que vem sendo implantado desde 2017. Em relação à estrutura da Gestão de Riscos adotada no evento, foram abordados os itens: estabelecer contexto, identificar, analisar e avaliar os riscos.
“O serviço de adaptação e ambientação com estudos de leiaute, instalações de equipamentos de segurança, como catraca, elevadores, porta com detector de metais e scanner de objetos, além de atender às normas de acessibilidade, ajuda nessa nova realidade, porque desse modo nos permite um maior controle da quantidade de pessoas que entram e saem dos prédios. Além de atender às Resoluções de Segurança Institucional do Ministério Público, nos ajudou a enfrentar esse momento singular da COVID com tranquilidade”, concluiu Ricardo Melo.
A Secretária-Geral, Promotora de Justiça Bianka Karina Barros da Costa, exemplificou que, desde 2011, o Ministério Público vem com essa nova política de informação, a partir da criação do Comitê Estratégico de Tecnologia da Informação (CETI). “Chego à conclusão de que depois de quase 10 anos de investimentos, o Ministério Público está efetivamente preparado para assumir as novas tecnologias nesse momento que tivemos a necessidade de migrar do trabalho presencial e dar continuidade com efetividade ao teletrabalho, o que tem dado muito certo. O alinhamento estratégico de todo MP, seja a atividade meio e a atividade fim, foi importante para o funcionamento. A Administração Superior entende que a TI tem um papel fundamental e estratégico para o desenvolvimento das atividades do Ministério Público”, concluiu Bianka Barros.
Secretaria de Tecnologia da Informação e Departamento de Infraestrutura e Tecnologia
Ângelo Maia Marcelo Pirani, Chefe do Departamento de Infraestrutura e Tecnologia, explica que o MPMS só conseguiu fazer o que foi feito porque o investimento em tecnologia começou há mais ou menos 3 anos, fato que contribuiu para a vanguarda tecnológica da Instituição, o grande trunfo na “virada da chave”.
“Já estávamos em alerta desde fevereiro, até porque já acompanhávamos as notícias vindas da Europa. Começamos no dia 9 de março a planejar e pensar em uma situação de trabalho remoto. Ainda não era uma demanda, mas sabíamos que seria. Nos planejávamos para o home office, quando chegamos em 17 de março, já tínhamos a estratégia pronta e o plano foi implementado. O maior stress foi a adaptação dos usuários com essa nova realidade e os computadores pessoais”.
“Nos primeiros 30 dias dessa realidade da COVID, foram de 12 horas de trabalho intensos, isso porque estávamos já bem organizados, imagina se não estivéssemos?”, afirma Myrian Raquel Rodrigues da Silva, Diretora da Secretaria de Tecnologia da Informação. “Porém, agora é dar andamento à logística interna. Temos uma Recomendação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), do Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI), que nos auxilia a estar em dia com o planejamento 3 anos antes. Neste momento, estamos em contato, trocamos informações com a Microsoft e já estamos na fase de informação de novas ferramentas. A próxima fase são os servidores na nuvem, com segurança. Precisamos estar preparados para o que aconteceu, para o que está acontecendo e para o que poder vir a acontecer. Não estamos livres, vivemos hoje o “novo normal”.
Waléria Leite – Jornalista/Assessora de Comunicação